Na entrevista de hoje, convidamos o influenciador digital Alan Calixto Carvalho, para responder as perguntas da nossa roda de conversa sobre as novas celebridades. Como sabemos, a pandemia trouxe uma avalanche de pessoas para o mundo virtual, e isso contribuiu para que a sociedade de internautas crescesse exponencialmente. Com isso, o foco é saber dos novatos o que eles acham de tudo isso, ao passo que descobrimos um pouco mais sobre cada um. Acompanhe agora a conversa com o Alan, paulista de 31 anos, que vem sendo reconhecido nas redes sociais pela sua interação com o público.
Pergunta: Conte um pouco sobre você.
Resposta: Nasci em Sorocaba, interior de São Paulo, no dia 8 de agosto de 1990. Quando nasci, os médicos não perceberam que eu era deficiente, e assim a minha mãe foi liberada do hospital, sem qualquer atenção em relação a isso. Minha mãe teve que me levar para fazer fisioterapia, umas duas vezes por semana, em uma ONG. E, além disso, minha mãe era faxineira, trabalhava de segunda à sábado para sustentar quatro filhos. Quando vim ao mundo, eu vim com essa deficiência (paralisia infantil), e acredito ter tornado as coisas mais difíceis do que já eram. Tive uma infância bem complicada, cresci ouvindo as pessoas comentando coisas ruins e me dando apelidos sempre abusivos, como se eu não estivesse ali, escutando. Enquanto a minha mãe trabalhava, o meu pai bebia. Bebia muito. E eu passei por várias dificuldades na vida. Fui ficando com essa carência de cuidado. Mas nunca me passou pela cabeça em desistir de sonhar. Na adolescência, sim, cheguei a pensar em desistir de tudo o que tinha, e seguir para a cidade do Rio de Janeiro, tentar testes em TV. Acabei desistindo. Então a era digital apareceu pra mim, me resgatando esse sonho de ser uma figura importante no mundo. Foi quando decidi ser influenciador digital. Comecei a lutar, ir atrás do que eu queria, e, aos poucos, as oportunidades foram surgindo.
Hoje faço as pessoas interagirem comigo, e o que nos une é essa força de vontade, esse espírito persistente, que nunca deixa de sonhar, independente de ser deficiente ou não.
Pergunta: Quais são os seus pontos fortes e fracos?
Resposta: Muitos me chamam de fraco, de fútil, e dizem que eu faço muito drama. Às vezes faço drama, mesmo, e penso em desistir de tudo, dos meus projetos, sonhos, mas aí vêm meus pontos fortes e com um sorriso no rosto eu enfrento esses problemas. É com desafios que nos tornamos mais fortes, e eu não posso ajudar o próximo se não estiver bem. Recebo ajuda das pessoas, sou feliz, conto com vários seguidores e pessoas que me abraçam cada dia mais. Isso me incentiva a continuar.
Pergunta: Onde você se vê em cinco anos?
Resposta: Gostaria que as pessoas dessem oportunidade para quem possui alguma deficiência física, assim como, para que todos possam realizar seus sonhos e chegarem onde desejam. Quero um futuro mais inclusivo, com direitos iguais. Mas reconheço que não depende só de mim.
Pergunta: Qual a maior loucura que já fez?
Resposta: Foi sair da minha casa pra conhecer pessoalmente uma pessoa que conheci por aplicativo, coisa que nunca fiz. Além de ter feito um viagem, sozinho, sem destino.
Pergunta: A mensagem que quer deixar para o mundo?
Resposta: Independente de classe, cor de pele, religião, ou orientação sexual, acho que devemos ser um cidadão com educação, respeito ao próximo. Sem preconceitos. Pensando no futuro, não no passado. As novas gerações precisam aprender coisas boas, e a gente precisa ensinar. Já passamos por dificuldades demais. O mundo só vai melhorar quando todos entenderem isso, e contribuírem.
Para acompanhá-lo, procure por @eualancalixto . Até!
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