Skip to content
Newsletter
Random News

  • Henry Freitas lança clipe de “Toque de Romance”, sucesso em parceria com Arthurzim e Kadu Martins
  • Quem Somos?
  • Home
  • Arte Sexy & Erotismo
  • Quando Não Falamos Sobre Sexo, a Pornografia Se Torna Educação Sexual por Padrão
  • Arte Sexy & Erotismo

Quando Não Falamos Sobre Sexo, a Pornografia Se Torna Educação Sexual por Padrão

Paula Aguiar3 meses ago3 meses ago09 mins

Por que não estamos falando sobre isso?

Pornografia.

Ela está em toda parte. Nas telas dos celulares, nos computadores, nas redes sociais e até mesmo em espaços que não imaginamos. Mais do que um entretenimento adulto, a pornografia tem se tornado, muitas vezes, a primeira fonte de informação sobre sexo para crianças e adolescentes. O problema? O que está sendo aprendido pode ser prejudicial.

Estudos mostram que a exposição precoce à pornografia está crescendo. Nos EUA, crianças de apenas 12 anos já têm acesso regular a esse tipo de conteúdo, enquanto na Europa, cerca de 1 em cada 3 crianças entre 9 e 16 anos já se deparou com material pornográfico online. Isso não é apenas uma questão de “curiosidade natural”. O impacto da pornografia na forma como entendemos o desejo, os relacionamentos e o consentimento é profundo e, em muitos casos, problemático.

Se não falamos sobre sexo de forma aberta e educativa, estamos entregando a educação sexual para a pornografia. E ela, convenhamos, não tem compromisso com a realidade, muito menos com a saúde emocional e psicológica de seus consumidores.

O Problema do Silêncio

Por que é tão difícil falarmos sobre sexo? Existe um tabu em torno do tema, que muitas vezes faz com que pais, educadores e a sociedade em geral evitem abordá-lo. O medo de “incentivar” a sexualidade precoce ou a própria falta de informação por parte dos adultos geram um vácuo que é preenchido pela pornografia. Mas ignorar um problema não faz com que ele desapareça.

O caso de Gisele Pelicot é um alerta. O silêncio sobre a sexualidade não protege, apenas deixa crianças e adolescentes vulneráveis a padrões distorcidos do que significa prazer, respeito e consentimento. Se não tomarmos a iniciativa de falar sobre isso de forma honesta e educativa, a pornografia continuará ditando as regras.

O Impacto da Pornografia na Formação Sexual

A pornografia mainstream é uma indústria bilionária cujo objetivo é entreter, e não educar.

Seus roteiros são criados para maximizar a excitação, não para representar a realidade. Como resultado, muitos jovens aprendem conceitos errados, como:

  • A falta de comunicação entre os parceiros;
  • A objetificação do corpo feminino;
  • A erotização da violência;
  • Expectativas irreais sobre corpos e desempenho.

A exposição excessiva pode levar à dessensibilização, fazendo com que os indivíduos necessitem de estímulos cada vez mais extremos para obter excitação. Isso pode afetar relações reais, criando problemas de intimidade e autoestima.

A Pornografia Pode Ter um Papel Positivo?

Embora a pornografia possa ter impactos negativos, não podemos demonizá-la por completo. Há quem a utilize de forma equilibrada e até encontre nela um recurso benéfico. Mulheres com baixa libido, por exemplo, podem descobrir novas formas de desejo e prazer ao consumi-la de maneira consciente.

O ponto-chave aqui é o equilíbrio. Assim como com qualquer outro consumo – seja de álcool, comida ou redes sociais – é preciso saber como e quando utilizá-la.

Também vale ressaltar que existe pornografia feita com responsabilidade, que respeita os atores e propõe narrativas mais diversas e inclusivas. O problema está no consumo sem senso crítico e sem contraponto educativo.

O Que Podemos Fazer?

O primeiro passo é abrir o diálogo. Precisamos normalizar conversas sobre sexo de forma educativa, acolhedora e respeitosa. Algumas ações importantes incluem:

  • Educação sexual desde cedo: Ensinar crianças e adolescentes sobre consentimento, respeito e prazer de forma adequada para cada faixa etária.
  • Mediação digital: Acompanhar o que os jovens estão consumindo online, ensinando-os a questionar e refletir sobre o conteúdo.
  • Conversas abertas entre pais e filhos: Tornar-se uma fonte confiável de informação para evitar que eles busquem respostas em lugares inseguros.
  • Promover uma pornografia mais realista: Incentivar a produção e o consumo de conteúdos que valorizem o prazer e o respeito, sem violência ou exploração.

A pornografia não precisa ser vista como um inimigo, mas também não pode ser a única fonte de educação sexual. Se quisermos que futuras gerações desenvolvam uma relação saudável com a própria sexualidade, precisamos falar sobre isso.

Não somos baluartes da moral e dos bons costumes, mas acreditamos que um espaço franco, educativo e respeitoso para discutir a sexualidade é essencial. Por isso, essa coluna no Universo Artístico nasce com o intuito de acolher todas as vozes e abrir caminhos para um debate mais consciente.

Seja bem-vindo(a) a essa conversa! Vamos juntos construir uma visão mais saudável sobre o prazer, o desejo e os relacionamentos.

Texto: Paula Aguiar, Publicitária, Consultora e expert em Mercado Erótico, Escritora e empresária. Atua no Mercado Erótico Brasileiro desde o ano 2000. Autora de 28 livros sobre negócios e produtos eróticos para os consumidores. De 2010 a 2017, presidiu a ABEME – Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico. Citada em mais de 100 teses universitárias e livros de sexualidade sobre o tema. Desenvolve e projeta produtos eróticos e cosméticos sensuais para os maiores players do setor. Criadora do primeiro seminário de palestras para empresários do mercado erótico em 2006. Apoiadora e partícipe dos mais importantes eventos eróticos do mundo. Também idealizadora do Prêmio do Mercado Erótico que, desde 2016, anualmente elege as melhores empresas, as inovações, os produtos mais queridos e desejados e as ações que estimularam o desenvolvimento do setor. É fundadora e co-autora do Portal de notícias MercadoErótico.Org.

Tagged: consentimento diálogo educação sexual juventude pornografia prazer relações saudáveis respeito tabus

Navegação de Post

Previous: A grife carioca Hermes Inocencio já  está  em ritmo  de Carnaval 2025

                                                  
Next: Despertando a Sinfonia da Criatividade:

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Related News

Cobertura Evento Be On Fever: Dread Hot Apresenta a Nova Era Digital da Fever Films

Paula Aguiar1 dia ago4 horas ago 0

BE ON FEVER: Uma Celebração Artística e Erótica em São Paulo

Paula Aguiar6 dias ago6 dias ago 0
Todos os Direitos reservados - PORTAL UNIVERSO ARTÍSTICO Powered By BlazeThemes.