O cantor de samba, Felipe Camacho, lança hoje, dia primeiro de Dezembro, uma canção inédita em homenagem a um de seus maiores ídolos, o cantor Arlindo Cruz (1958 – 2025). A composição nasceu de forma inesperada e espontânea, em uma tarde comum e carrega uma energia especial, uma mistura de inspiração, emoção e reverência a quem Felipe Camacho define como “a própria essência do samba”.
“A ideia surgiu de maneira inesperada, eu estava em casa, de bobeira, tentando ‘tirar’ (tocar) umas músicas do Arlindo Cruz e do nada veio a melodia na cabeça. O refrão saiu praticamente pronto. Quando olhei aquela lista enorme de músicas que ele cantava, pensei ‘dá pra fazer uma canção só com os nomes das músicas dele’, e aí começou tudo.”, respondeu Felipe Camacho sobre como surgiu a ideia da música.
O processo criativo aconteceu de forma surpreendentemente rápida e intensa, Felipe finalizou a composição em cerca de duas a três horas, um feito ainda mais marcante por ser a primeira música que compôs em sua vida. Para ele, a inspiração teve um toque especial, quase que divino, como se o próprio Arlindo Cruz tivesse guiado o processo. A letra reúne títulos de 16 músicas do ícone Arlindo Cruz, conectados de maneira harmoniosa em uma história de amor e respeito ao samba.
Felipe explicou que a homenagem vai além da admiração musical, é também um resgate afetivo de sua própria história:
“Cresci ouvindo Arlindo Cruz, por influência do meu pai. Ele sempre foi o espelho que me fez querer cantar e tocar banjo. Quando pego o banjo, lembro dele sentado no banquinho, tocando com aquele sorriso. Eu olhava e pensava: um dia quero ser isso aí.”, comentou o cantor.
Mesmo sem ter conhecido Arlindo Cruz pessoalmente, Felipe mantém uma boa relação com Arlindinho, filho do cantor. Foi Arlindinho quem o apoiou no início da carreira, participando de forma generosa do seu primeiro projeto audiovisual. Essa parceria foi fundamental para dar visibilidade ao trabalho de Felipe Camacho e consolidar seu nome no samba, motivo pelo qual o artista guarda grande gratidão e admiração pelo amigo.
A canção é acima de tudo uma declaração de amor ao samba e à herança cultural deixada por Arlindo Cruz.
“O Arlindo é eterno! É nossa obrigação continuar levando suas canções para as rodas de samba. Ele é o samba em pessoa, quando se fala em samba se fala em Arlindo Cruz. Mesmo quem não é do samba lembra dele com muito carinho.”, finalizou Felipe Camacho.
Com arranjos feitos pelo produtor musical Alessandro Cardozo – cavaquinista do Zeca Pagodinho e produtor do Diogo Nogueira – que preservam a essência do samba e uma letra repleta de afeto e reverência, o lançamento de “Eterno Poeta” promete emocionar fãs e amantes do samba por todo o país. A música e o videoclipe estarão disponíveis hoje em todas as plataformas digitais e no Youtube, e está sendo lançada na véspera do dia em que se comemora o Dia Nacional do Samba (02/12).
Felipe Camacho é natural de Niterói, Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira como jogador de futebol profissional, com passagens por clubes como Flamengo, Vasco e Botafogo, além de atuar fora do país, nos Estados Unidos. Após encerrar a carreira nos gramados, o ex-atleta se reinventou como ator e cantor, com formação em instituições como CAL, Tablado e Escola de Atores Wolf Maya. No teatro, participou recentemente da peça “Aonde está você agora?”, em São Paulo. Em 2024, lançou seu primeiro projeto audiovisual, o “Pagode do Camacho”, gravado no tradicional Bar da Lapa, marcando de vez sua presença no cenário do samba e pagode.

Confira a letra da música na íntegra:
Eterno Poeta
Composição: Felipe Camacho.
Me dê um tempo pra pensar
Oya
Sua nova morada
É nos braços de oxalá
Vai embora tristeza.
Que saudade seu banjo me faz
Chegamos ao fim
Virou nossa estrela da paz
A vida é assim
E agora o legado que fica.
(Ah) O show tem que continuar
Me tornei um bom aprendiz
Ainda é tempo pra ser feliz
É o fim da tristeza.
Ah, Desvendou o que é o amor
Definiu a pureza da flor
Saudade que não se desfaz
O sambista perfeito ensinou
Madureira ao mundo levou
O bem
Arlindo Cruz eternizou.
